Bali, Indonésia


Selamat datang(bem vindos)

Bali, a tão sonhada e desejada Bali!!!

A Indonésia é o quarto país mais populoso do planeta, com mais de 240 milhões de habitantes. Além disso é o maior arquipélago do mundo com 17.000 ilhas (ou serão 20.000?), das quais 8.000 (ou 11.ooo?) inabitadas. Para completar esse é o maior país muçulmano da terra e possui entorno de 300 línguas diferentes (ou serão 400?). Pois é, os números são incertos, mas com certeza impressionantes. Bali é uma dessas ilhas e fica localizada entre as ilhas de Sumatra e Java ao Norte, e as ilhas de Lombok e Sumbawa ao sul. Outras ilhas turísticas são as de Flores e Komodo, essa última famosa por abrigar o perigoso Dragão de Komodo.

Nos 03 meses que ficamos na Indonésia, conhecemos além de Bali, as ilhas de Sumbawa e Sumatra. Contaremos neste Quintal o nosso primeiro mês em Bali e nossa ida para Nusa Lembongam.

Sonhamos e desejamos estar nessa ilha mágica, onde ouvimos estórias fantásticas sobre suas ondas tubulares, povos peculiares, religião Hindu, oferendas, templos, decorações extraordinárias, jardins impecáveis, comidas de dar água na boca, animais selvagens e vida marinha apaixonante. Bom! Bali também é famosa por estórias assustadoras e engraçadas, algumas pessoas nos contaram de situações complicadas que haviam passado por lá, como aviões teco-teco que caem com frequência, ferry boat que afundam e cheios de baratas e ratos, bactérias terríveis, malária, trânsito caótico com milhões de motos, buzinadas por todos os lados, macacos ladrões nos templos, ondas massivas que quebram em bancadas rasas de corais afiados que estão sorrindo para os surfistas!

Preparados para entrar no coração dessa aventura? Contarei a NOSSA experiência e vivência.

Nossa chegada BALI

Estávamos no final da nossa viagem pela Austrália, contando os dias para pisar em solo Balinês. Nossa recepção nessa pequena ilha de maioria hindu, foi diferente. Chegamos no aeroporto internacional de Bali, localizado em Kuta, à noite. Pagamos nosso visto de turista $25,00 dólares por pessoa e como tiramos ele no próprio país, só ganhamos 30 dias de estadia (para os brasileiros que solicitam o visto na embaixada da Indonésia em Brasília, ganha-se 60 dias para permanecer no país). Já sabíamos disso, então quando passamos pela imigração, perguntamos ao guarda onde poderíamos solicitar a extenção de mais 30 dias. O policial com um sorriso simpático no rosto, daqueles que nós brasileiros já conhecemos muito bem, abriu nosso passaporte, carimbou 30 dias de permanência, nos deu seu cartão por debaixo do passaporte e nos disse: “me ligue, po$$o resolver i$$o para vocês”. Ok, entendemos o recado, corrupção balinesa à vista e essa foi só a primeira!

KUTA x ULUWATU

Kuta, ou “Kutaria” como é chamada pelos brasileiros, é famosa por sua vida noturna bem agitada além de muitos restaurantes, transito e gente por todos os lados. O surfista que vai para Bali, tem basicamente duas opções para se hospedar, ou ficam na região de Kuta ou na região de Uluwatu. Alguns preferem Kuta por ter mais estrutura, com hotéis, restaurantes e lojas para todos os gostos, além é claro de muita festa. Outros preferem ficar na região de Uluwatu, perto de mais praias com ondas, menos badalação, mais reservada e isolada.

Como chegamos em Bali bem tarde da noite, ficamos em Kuta e fomos direto para um hotel indicado pelo amigo do Ro, o Mário Fortes, que já visitou a Indonésia por algumas vezes. Ficamos no Hotel Aquarius, muito bem localizado, próximo do centrinho e das famosas ruas de Poppies Lane I e Poppies lane II.

Aquarius Star Hotel

Entrada do nosso bangalô

Aquarius Star Hotel

Para nós Kuta, foi só uma passagem de poucos dias, aproveitamos que estávamos por lá para provarmos um restaurante chamado Made Warung (Warung significa pequeno restaurante caseiro), outra indicação do Mário. Adoramos o restaurante e provamos duas comidas tradicionais balinesas, o Ro pediu o nasi campur (arroz misto) e eu o nasi goreng (arroz frito). Ainda iríamos comer muito esses pratos, que juntos com o mie goreng (miojo frito) e o chicken satê (frango ao molho satê), são os mais tradicionais da Indonésia. Quem já foi sabe do que estamos falando!

Mades Warung

Nasi Goreng

Nasi Campur

Em Kuta conhecemos a Praia de Kuta, assistimos ali o nosso primeiro pôr-do-sol na Indo, foi muito bonito! Decidimos não ficar em Kuta porque era nossa primeira vez em Bali, e queríamos conhecer Uluwatu para então decidir onde faríamos nossa base (Kuta x Uluwatu). Na verdade estávamos ansiosos para chegar em Uluwatu (última pedra), praia muito famosa que tem uma escadaria que leva até a caverna que da acesso as suas ondas perfeitas. Na maré cheia não tem praia, mas na maré seca fica cheia de piscinas naturais. Além do mais, a região de Uluwatu abriga vários templos, incluindo o Templo dos Macacos.

Kuta Beach

Um pouco de CULTURA e RELIGIÃO

A língua falada no país inteiro é o Bahasa Indonesia, apesar de ser diferente do português, é fácil de se aprender, pois a fonética é quase a mesma. Quero dizer que se consegue ler, mesmo que não se entenda nada…rs. Ex. Selama Pagi (bom dia), Terima kasih, (obrigada), Sama sama, (de nada), Bagus (bom) etc. Outra curiosidade é que os indonesianos adoram ensinar seu idioma, pois é bem fácil de aprender, inclusive vários brasileiros são fluentes. Não existe conjugação de verbos, não existe passado e futuro. Uma simples palavra serve para tudo!

Os nomes balineses são bem interessante também. O primeiro nome se repete em quase todas as famílias e tem basicamente 4 opções que variam conforme a sequência de nascimento dos filhos. O primeiro vai se chamar Wayan, o segundo Made, o terceiro Nyomam, e o quarto Ketut, se tiver um quinto filho o ciclo se repete e esse irá se chamar Wayan II, e assim vai… Esse sistema de nomes é para identificar rapidamente as castas da família. Imaginem agora sua agenda de telefone para salvar o número dos seus amigos…

Bali é a única ilha na Indonésia onde quase toda a população é Hindu. A religião é fascinante, com vários deuses e deusas, onde todos os dias em determinadas horas, eles fazem pequenas oferendas para eles. Costumam oferecer uma cumbuquinha feita de folha de bananeira, com flores, comidas, e um pouco de água. Ascendem um incenso, seguram uma flor na mão, mergulham na água, rezam e depois deixam a oferenda no local destinado (muros, postes e calçadas de todas as casas e estabelecimento). Bom! Imaginem que quase todos os balineses fazem esse ritual, agora imaginem caminhar nas pequenas e congestionadas calçadas e torcer para não pisar, nem chutar as oferendas? Disseram que dá azar! Chutamos e pisamos em várias, não teve como, mas sempre pedíamos desculpas aos Deuses!

Pequeno templo Hindu

Oferendas

Indonesianas com suas roupas tradicionais.

A caminho de ULUWATU

Continuando nossa história… decidimos alugar um carro e explorar Bali por conta própria, aqui é muito comum, mais barato e eficiente alugar moto, porém eu e o Ro não gostamos de motos. Alugamos um belo Jymmi, com um balinês chamado Wayan que falava português muito bem. Ficamos impressionados como ele, podia se comunicar perfeitamente, inclusive por telefone, era uma mistura de português com inglês, mas que no final das contas sempre funcionava. Perguntamos para ele onde havia aprendido e ele nos disse que foi com os brasileiros que visitam Bali todos os anos. Não só ele como vários balineses aprenderam algumas palavras e é muito comum escutar nas ruas as pessoas falando. Só para ter uma ideia de algumas frases, a vai: “gatinha linda, roupa barata”, “e ai meu irmão”, “fala moleque, beleza?”. Acho que da pra imaginar o quanto é engraçado!

Jymmy

De carro alugado, partimos então para Uluwatu. Seguimos as poucas placas da cidade, dirigimos em um trânsito caótico por uma hora e chegamos ao nosso destino. Tínhamos a indicação de um hotel, que nos foi dado pelo simpático surfista Rodrigo Trajano quando ainda estávamos na Austrália. Seguimos a dica e encontramos o hotel Ayu Guna Inn. Escolhemos nosso bangalô e fizemos nosso check-in.

Recepção Ayu Gunna In

Jardim do Ayu Gunna

Vista da varando do nosso bangalô

Fizemos do Hotel Ayu Gunna nossa casa e base para futuras viagens na Indonésia. Esse hotel é lotado de brasileiros e aqui conhecemos muitos, na verdade parecia que estávamos no Brasil, pois só se ouvia português. Nossa primeira amizade começou com Rogério e Romeu, dois amigos da Praia Grande, litoral sul de São Paulo. Fizemos amizade também com Vinícius, de Limeira (SP) e com o Philippe do Rio de Janeiro. O Vinícios estava morando na Austrália e depois de um ano resolveu viajar pelo mundo. O Philippe estava de passagem pela China e resolveu dar um pulo na Indonésia. Todos eles com a mesma intenção, SURFAR!!!

Rogério Shoji

Romeu Piccoli

Philippe Novello, Ro e Vinícios Cardoso

Mais uma grande amizade que fizemos no hotel foi com um casal de Santos (SP), Karina e Marco. Conhecemos também seus amigos que ficaram pouco tempo conosco, pois iriam direto para a ilha de Sumatra. Assim como nós era a primeira vez do casal na Indonésia e a ansiedade era grande para conhecer o país. Fizemos uma bela parceria e algumas viagens juntos também. Sempre fazíamos algumas refeições no hotel e dividíamos nossas experiências.

Marco e Karina

Conhecendo as ondas de Uluwatu

Nosso hotel ficava na praia de Padang Padang, distante alguns km de Uluwatu. Toda essa região é conhecida como “Península de Bukit“, onde também estão as praias de Balangan, Dreamland, Bingin, e muitas outras. Saímos do hotel em direção a Uluwatu, estacionamos no topo de uma falésia e tivemos a primeira vista da tão famosa e desejada onda. Essa onda foi descoberta nos anos 80 por 2 surfistas austrálianos e hoje um destino extremamente visitado por surfistas de todo o mundo, um cenário completamente diferente de quando foi surfada pela primeira vez.

Avistamos as ondas, que quebravam em uma bancada rasa de corais afiados (era maré baixa). Começamos a descer muitas escadas em meio a becos, passando por vários warungs (pequenos restaurantes familiares) e continuamos nossa descida até a caverna, que da acesso à praia e as ondas. Ficamos um pouco decepcionados com a estrutura do local, achávamos que seria algo bem selvagem, com floresta, animais e etc. Muitos falaram que era assim no passado, mas a cada ano vem mudando bastante. Bom! na verdade nos pareceu uma pequena favelinha, com warungs construídos um em cima do outro, lojinhas e mais lojinhas, e muitos ambulantes.

Nossa primeira vista de Uluwatu

Descida para a caverna de Uluwatu

Descemos até chegarmos à caverna, passamos por mais algumas escadas estreitas e pisamos na areia. A energia da caverna é impressionante, forte e arrepiante. Acredito que toda aquela poluição visual que passamos para chegar até ali foi compensada com a energia do local. Vimos muitos turistas, sem ser surfistas, fotografando e curtindo a caverna na maré seca. Um ponto que nos chamou a atenção foi que muitos estavam embaixo de goteiras da caverna, se deixando molhar. Fiquei me perguntando de onde estaria vindo aquela água? Conhecendo algumas pessoas que frequentam Uluwatu há muitos anos, eu estava certa. Era água de esgoto. Pois é, um lugar tão lindo sendo vagarosamente arruinado por falta de saneamento básico.

Caverna na maré seca

Piscinas Naturais

Uluwatu de outro ângulo!

Da areia caminhamos um pouco mais e chegamos a muitas piscinas naturais maravilhosas, cheias de peixes e turistas. Nos afastamos um pouco e caminhamos para o lado direito da caverna e chegamos a outras piscinas sem muitas pessoas, ali ficamos assistindo as perfeitas e tubulares ondas quebrarem. E claro que sempre tinha algum surfista dando manobras e “botando pra dentro do tubo”! O Ro sempre me diz que muitas vezes a vista mais bonita de algumas praias é de dentro do mar. Aqui nessa praia eu entendi perfeitamente o que ele quis dizer!

Uluwatu

Bom! apesar do grande impacto que o homem causou nessa praia, ela ainda consegue ser bonita, principalmente o balanço perfeito das ondas. Depois dessa primeira apresentação o Ro não pensou duas vezes e foi surfar para sentir a onda e sua magnitude. E assim começou nossa viagem por Bali. Durante os dias que ficamos por lá, o Ro estava sempre checando as previsões para decidir nossos próximos destinos para surfar.

Ro em sua segunda onda na INDO

Ro em Uluwatu

Ro em Uluwatu

Em um dia que o Ro estava surfando em Uluwatu fiquei nas piscinas naturais e lá conheci a Cinthia, que estava esperando o seu marido (Makon) sair do mar. Eles são um casal de Itajaí (SC). Cinthia foi encontrar com seu marido na Indonésia, que já estava lá algumas semanas, havia ido para surfar e o restinho das férias eles curtiram juntos com passeios culturais e ilhas paradisíacas. Cinthia nos deixou a dica para conhecermos a Ilha de Nusa Lembongam, pois havia feito um mergulho maravilhoso e que havia se encantado com tanta beleza. Anotamos as dicas.

TEMPLO DOS MACACOS e PAGANDO O KARMA

Templo Uluwatu

Em Uluwatu há um templo chamado Templo dos Macacos, muito famoso por abrigar mais de centenas de macacos selvagens, por ter um teatro ao ar livre que se inicia ao pôr-do-sol de cada dia e claro por ter uma vista extraordinária para o oceano! Em Bali os macacos são considerados sagrados, acredita-se que esses animais protegem os templos contra os maus espíritos.

Chegamos no templo ao entardecer e para entrar todos são obrigados a colocar um sarong (canga) e amarrar uma faixa na cintura (sash). De acordo com os costumes locais, as partes “não sagradas” do corpo (cintura e pernas) devem estar cobertas. O sarong não é necessário quando a pessoa está vestida de calça. Nesse caso basta colocar apenas uma faixa ao redor da cintura. Esse ritual faz parte da cultura e é uma tradição Hindu.

Depois de vestidos adequadamente, guardamos todos os os seus pertences. Essa recomendação estava escrita em um placa na entrada do templo em diversos idiomas, onde dizia: “tire seus chapéus, brincos e óculos. Cuidado com os macacos no templo!”. Passamos por um portal feito de pedras e iniciamos nosso passeio pelo templo. Imaginem um parque com muitas árvores altas e majestosas, alguns templos construídos para os macacos, trilhas beirando o mar e toda a arquitetura em estilo balinês. Muito bonito!

Sarong

No templo dos macacos

Dizem que quando você chega em Bali, naturalmente irá pagar alguns de seus “carmas”, acho que faz parte da religião. Um dos meus estava prestes a acontecer. Andando pelo templo vimos muitos macacos livres no meio de todos. Estávamos admirando um deles junto com outros turistas. Esse macaco estava sentado em cima do muro e começou a fazer pose para a lente de um turista japonês. O rapaz se encantou com o belo animal e decidiu chegar mais perto. Bom! O japonês estava com óculos de grau (que foi alertado na entrada). O problema estava prestes acontecer. Mas o que o meu karma tem haver com esse japonês? Depois do ultimo click na máquina o japonês baixou o rostos para olhar a foto, o macaco deu o seu já famoso golpe final. Roubou os óculos do rosto dele, deixando o moço um belo arranhão em sua face. O japonês muito louco, agarrou no rabo do macaco, que tentava fugir para a mata. Foi uma cena de muito stress para o bicho, que começou a gritar para os outros macacos. E nós ali, a apenas 1 metro de distância. Foi tudo muito rápido! O macaco conseguiu escapar com os óculos e quando o japonês soltou o rabo dele, caiu em cima de mim. Tropecei, esfolei feio o meu tornozelo na escada de cimento e perdi o meu chinelo.

Quando o japonês se levantou, se viu cercado por mais dois macacos, que mostraram os dentes para ele e ameaçaram atacar. O japonês, que além de louco, mostrou que era muito corajoso, pois também mostrou os dentes para o macaco, que ficou com medo dele. Que cena! No final, ele perdeu os óculos e um par do meu chinelo foi rapidamente roubado por outro macaco, que ficou me olhado e comendo ele (safado!). Só consegui o chinelo de volta porque um dos tratadores do templo conseguiu pegar para mim. Eu estava sangrando muito e tivemos que seguir até uma farmácia para fazer curativo. Já havíamos sido alertados que pequenos cortes no pé poderiam causar uma infecção muito maior, pois essa terra possui bactérias que o nosso corpo não está acostumado. Por esse motivo deixamos o teatro para outro dia.

Afeto e carinho no templo

quem vê cara não vê coração…macaco danado!

Devolva meu chineloooo!

TEATRO

Voltamos outro dia para participar do tradicional teatro do Templo dos Macacos (Kekak), uma apresentação muito bonita e engraçada que conta a estória de uma princesa (Sita), que foi raptada do seu amor. Tudo com muito Cha Cha Cha (um som que os homens fazem com a boca durante todo o show) esse som é muito interessante, parece que se entra em transe. Nós adoramos e no final da apresentação os espectadores podem tirar fotos com os atores.

Tcha, Tcha, Tcha!!!

Teatro Ketak

Teatro.

Teatro

PRAIAS DA PENÍNSULA DE BUKIT

1.Nusa Dua

Resolvemos conhecer outras praia da península de bukit. Nosso primeiro destino foi a praia de Nusa Dua, famosa por abrigar grandes resorts, praia de areia amarelada, espriguiçadeiras por toda orla e muita onda boa, se tiver o swell correto. Como a previsão de ondas estava excelente, partimos para Nusa Dua.

Para esse passeio foram conosco o Rogério, Romeu, Vinícius, Philippe e mais outro brasileiro que mora em Singapura e estava de passagem por Bali. Fomos em dois carros e demoramos para encontrar a praia, nos achamos e nos perdemos várias vezes até que chegamos. Realmente uma praia bem bonita, com muitas espreguiçadeiras de frente para o mar e para as ondas.

Nusa Dua

Templo em Nusa Dua

Espreguiçadeiras

Para se chegar às ondas tem 2 opções: remando ou de barco, pois as ondas são um pouco afastadas da costa. Eles decidiram pegar um barco e foram todos surfar. Fiquei ali, fotografando, curtindo a praia e apreciando a beleza do local. O Ro adorou as ondas de Nusa Dua e falou que mais uma vez a beleza estava do lado de dentro do mar. Ele surfou em cima de mais uma bancada afiada de corais coloridos.

indo para o surf

ondas na maré seca

voltando do surf

Em Nusa Dua vimos na maré seca os cultivos de algas. O processo é bem artesanal e natural, as algas sao fixadas em finas cordas e depois que atingem o tamanho ideal são colhidas manualmente, secadas a céu aberto (nessa etapa elas mudas a cor de verde para marrom) e por fim são comercializadas para grandes laboratórios de cosméticos. O preço que eles vendem é muito baixo, cerca de $0,05 centavos/kg.

algas expostas

Transporte para as algas

Algas frescas

Ficamos na praia até o nascer da lua cheia que foi espetacular. Aqui, ainda tive aula de bahasa indonesia com um menino de 12 anos e sua mãe. Aprendi alguns números, nomes de objetos e descobri que o nome de uma cerveja local vendida em todos os lugares, chamada Bintang, significava estrela. Que experiência!

Lua na praia de Nusa Dua

Aprendendo bahasa indonesia!

Nessa praia conhecemos mais duas integrantes de nossas próximas viagens, Julia e Cristin, as duas eram da Alemanha e estavam de férias por Bali.

2.Padang Padang

Outra praia muito famosa por suas ondas é a de Padang Padang, porém depende de ondas grandes para mostrar o seu potencial, e durante o tempo que ficamos por lá não vimos ela quebrar. Mesmo sem onda é a praia favorita de todos que gostam de praia, foi a mais bonita de Bali na nossa opnião. Em Padang é comum encontrar todos os brasileiros que estão em Bali, além do mais a praia tem um visual de tirar o fôlego. Para chegar na praia, tem que passar por um pequeno templo e descer uma escadaria que fica no meio do morro.

Padang vista de cima

Entrada para a praia

A caminho da praia

Entrada de Padang

Personagem comum em Padang

3.Bingin

Conhecemos também as praias de Bingin. Chegamos no topo de outra falésia e começamos a descer as infinitas escadarias até chegar na praia. De Bingin é possível ver a onda mais perfeita de Bali, porém a mais rápida e impossível de surfar, o próprio nome da onda já dizia, Impossible!

Impossible…

Impossible

Bingin é um praia com várias pousadas em cima do morro e de frente para o mar. Fomos alguns dias, mas o Ro não surfou, pois sempre que fomos não tinha onda. Lá apreciamos o belíssimo pôr-do-sol.

Bingin

Bingin

Bingin

Pôr-do-Sol em Bingin

4. Dreamland

Conhecemos também a praia de Dreamland (terra dos sonhos), que apesar de muito bonita, parecia mais um pesadelFicamos apenas algumas horas nessa praia, e resolvemos não voltar mais lá…

Terra dos sonhos

ou será pesadelo??? hehehe

5. Balangan

Essa praia foi uma das favoritas para mim e para o Ro. A praia tem areias amarelas, com uma bancada de coral que se mostra espetacular na maré seca, piscinas naturais, cavernas e ondas bem rápidas. Frequentamos várias vezes essa praia e as fotos falam por si só.

Balangan

Ro em Balangan

admiradores

Entardecer em Balangan

NUSA LEMBONGAM

O Ro ficava sempre checando as previsões das ondas e analisando onde estaria bom para surfar. Havia uma previsão muito boa para Nusa Lembongam, uma ilha que fica próxima à Bali, de fácil acesso. O restaurante do hotel Ayu Gunna, era o local onde tomávamos nossas decisões de viagens junto com todos os outros surfistas e amigos. Imaginem um monte de surfistas, em sua maioria homens, todos sentados e discutindo sobre onde iria dar mais ondas. Nessa noite decidimos conhecer Nusa Lembongam, e para essa viagem tivemos a companhia dos nossos amigos.

Restaurante Ayu Gunna, onde as decisões eram tomadas

Para se chegar em Nusa Lembongam, pegamos um taxi que nos deixou no ferry na praia de Sanur. De lá existem duas opções par se chegar na ilha, ou vai em um barco público ou vai de fast boat. Decidimos pelo barco público, mais barato e mais lento.

Na praia de Sanur as ondas já estavam grandes e quebravam bem fortes na beira do mar. Para subir no barco foi difícil, pois não havia pier e tivemos que entrar pela areia. Esperávamos as ondas baixar, para correr e subir. Todos à bordo, o barco saiu e as ondas no meio do mar continuavam grandes, fiquei achando que o barco iria virar, passei muito medo. Oh medo de água que parece que não vai ter fim!

Chegada em Nusa Lembongan

Eu, Christin, Julia, Romeu, Rogério, Marco e Karina

Chegamos são e salvos na ilha, procuramos um hotel e ficamos hospedados de frente para Shipwreck, a melhor onda da ilha. Os meninos iam surfar sempre na maré cheia, porque com a maré seca é praticamente um suicídio, pois Shipwreck é a bancada mais rasa da indonésia e uma das mais afiadas. Para se ter uma idéia, nem os locais surfam na maré seca. Os meninos iam surfar todos os dias e faziam duas quedas diárias!

Nusa

Shipwreck

Ro em Shipwreck

Em nusa estávamos em 4 meninas aproveitávamos para conhecer a ilh enquanto o meninos iam surfar. Em nosso passeio vimos os mesmos cultivos de algas que de Nusa Dua, passamos pela vilas dos cultivadores e pescadores, encontramos com crianças e demos bexigas para elas, que sempre voltavam para pedir mais uma, e visitamos alguns restaurantes mais chiques e sofisticados do outro lado da ilha.

Christin, Julia, Karina e Pri

Moradores de Nusa

balão azul

Crianças

Vimos também muitos galos que são mantidos e “muito bem tratados” em pequenas gaiolas de bambu. Os balineses cuidam e gostam de galos, eles tratam igual como nós tratamos nossos dogs, pegam no colo, fazem carinho, mimam e tudo mais. A diferença é que eles utilizam os galos para as famosas “brigas de galos”, tradição balinesa! (Não concordamos com esse ato inútil e desprezível)

Gaiolas de bambu com pobres galos dentro!

Em Nusa Lembongam fizemos o mergulho mais impressionante das nossas vidas. Pegamos um barco e fomos todos juntos no começo da tarde em direção a um paredão rochoso do outro lado da ilha. O barco nos deixou em um local onde a correnteza nos levava até o ponto final onde não era preciso nem nadar, só deixar ela levar apreciando o fundo do mar.

Todos preparados com máscaras e snorkling, pulamos na água e alí naquele exato momento começou nossa experiência mais impressionante com o fundo do mar. Sabe aqueles fundos marinhos que se vê em revista ou em pesquisas na internet, pois é, era um fundo desses que estávamos vendo. Peixes de todas as cores e espécies, além de diversos corais de todos os tamanhos, formatos e cores. Como era de se esperar a correnteza fez seu papel perfeitamente, levando a todos em direção ao barco, que estava lá nos esperando. Foi fantástico! Não temos maquina aprova de água, por isso não registramos esse momento que estará sempre guardado em nossas memórias.

Nusa Lembongam – Um paraíso para surfistas e mergulhadores

Passamos mais alguns dias nessa ilha e depois regressamos para Uluwatu, só que dessa vez optamos por voltar de fast boat!

Passamos mais alguns dias juntos com nossos amigos em Uluwatu e nos despedimos de Romeu e Rogério, já estava na hora deles voltarem para o Brasil. Nos despedimos também da Christin, que voltaria para a Alemanha, e da Julia, que continuaria viajando pela Indonésia, Índia e iria até o Brasil.

Ainda viajaríamos com os nossos amigos Marco e Karina, para Sumbawa, mas essa estória fica para o próximo Quintal, onde segundo o Ro ele viu a onda mais perfeita da vida dele. Aguardem temos muito mais estórias sensacionais.

Pelukan dan ciumam (beijos e abraços)

Terima Kasih (obrigado)

Priscila e Rodrigo

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9 Respostas para “Bali, Indonésia

  1. Show de bola seu site parabéns! Estive em todos estes lugares, morei 3 meses em Bali inclusive tenho 2 fotos idênticas as suas! (entardecer no templo e usando sarong roxo kkkk) Achei muito engraçado… deixem os carros novos pra lá, viajar é tudo!

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