Pavones, Costa Rica (Parte II)


Pura Vida Pavones, quizá otro dia!!!

Partimos com aperto no coração por deixar esta pequena cidade que nos recebeu tão bem. Despedimo-nos de cada pedacinho, de cada pessoa querida, de cada “perro” da praia. Despedimo-nos de suas ondas mágicas que por sorte nos mostrou um show a parte com toda sua forca e grandeza. Toda energia que encantava os olhos dos surfistas, fotógrafos, admiradores, pescadores, crianças e animais. Até os cachorros ficavam sentados em meio aos troncos de árvores caídos nas areias quentes, admirando o espetáculo da natureza e sentindo a sua brisa energética na pele.

Público de Pavones

Cada série de ondas que entrava, olhávamos sua cor esverdeada e transparente. Uma parede lisinha se erguia e convidava os mais corajosos a se entregar com muita delicadeza, cortando as ondas com suas pranchas fazendo lindos contornos de espumas. Alguns surfistas eram engolidos e depois de alguns segundos cuspidos para fora. Em cada manobra acertada e em cada tubo surfado esses homens do mar, tinham o apoio e os aplausos gerais da torcida na areia. Todos ali estavam na mesma sintonia e a alegria era contagiante. Sentada na areia olhava aqueles surfistas encantados com as ondas surfadas, saindo do mar com as pernas bambas e o sorriso de orelha a orelha. Emocionante!

Um em especial saia da água radiante, cansado e muito feliz. Sentava ao meu lado e perguntava se havia visto “aquela onda perfeita” e de boca aberta olhava atentamente cada série, cada onda, cada tubo que se formava. Definitivamente a onda mais longa que suas pernas já haviam surfado. Eu (Priscila) tive que entrar para sentir de perto toda sua magia. Bom! Tive medo de sua magnitude, mas confesso que sua água quentinha e a calmaria entre as séries, me levaram para dentro d´agua, e ao cair em suas espumas macias entendi perfeitamente porque não saiam e não se cansavam delas.

Os três picos de Pavones

Perfeição!

Agora, eu (Rodrigo) vou descrever para nós surfistas o que é surfar essa onda. A melhor época para surfar em Pavones é entre maio e setembro. Uma onda que quebra perfeita somente para a esquerda. Ficamos exatamente 21 dias em Pavones, onde pegamos 02 “swells” pequenos (4 a 5 pés) e 01 “swell” grande (8 a 10 pés). Neste último foram ondas muito longas, grandes, com muita forca e pressão, simplesmente sensacionais. A bancada ficou divida em três, com surfistas mais experientes na primeira, os intermediários na segunda, e os iniciantes na terceira. Fiquei na segunda, arriscando algumas ondas na primeira. Pavones exige muita velocidade e surf sempre para frente, para quem surfar de backside, o meu caso, a habilidade tem que ser maior ainda. Peguei ondas incríveis nesse pico, alguns dias foram exatamente 06 ondas, mas cada uma com quase um minuto de “pura vida”, com o sentimento a flor da pele e a adrenalina a mil. Após cada onda surfada, todos voltam com um sorriso largo no rosto, uma alegria gigantesca e um prazer incrível de ter completado uma onda tão mágica.  Voltamos pela pedras caminhando até o pico, para depois remar entre as séries para não levar nenhuma onda na cabeça. A bancada é de pedra, mas a única dificuldade é para entrar e sair do mar, o resto é tranquilo. Pavones é uma onda única e diferenciada que com certeza merece ser visitada por todos os amantes do Surf.

Troncos, pedra, surfistas e ondas

Grandes!

Perfeicao

Perfeicao

Voltando depois de uma onda perfeita!

Léo!!! Sentiremos muita falta de sua companhia inseparável e alegre. Gostaríamos de deixar um pedido aos hóspedes. Por favor! Compartilhem seus cafés e seus jantares com o Léo. Ele adora ovos cozidos com arroz. Ah, Claro! para quem não o conhece, Léo tem umas manchas sem pelos no corpo, mas não é doença e sim é de nascença, algumas pessoas o maltratavam por isso e por duas vezes Léo chegou machucado, uma vez com a pata traseira mancando e a segunda vez com a pata novamente machucada e com um galo enorme na cabeca. Ficamos inconformados com a maldade dessas pessoas! Ficamos indignados!

Em Pavones nos envolvemos com o pôr-do-sol, que se punha todas as tardes na península de “Matapalo”, deixando seu reflexo dourado na água e o céu cor-de-rosa com nuvens azuladas. Digno de uma bela pintura. Bom! Tudo isso ficou para trás, quem sabe voltamos outro dia em Caza Olas, ao lado da gerente do ano Jenny e de suas belas crianças, que cada dia estão mais inteligentes e ligadas no 220V.

Bom, nosso próximo quintal será San José, capital da Costa Rica. Uma cidade grande, onde lá pretendemos despachar algumas coisas para o Brasil e conhecer um pouco da cultura dessa cidade. Costa Rica é famosa pelos esportes radicais, e de San José partem vários tours com destino a vulcões, cachoeiras, rios, floresta e muito mais.

Pura Vida!

Rodrigo e Priscila

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4 Respostas para “Pavones, Costa Rica (Parte II)

  1. Muito bom o Blog galera, vestiu como luva. Estamos indo (eu e a mulher que compartilho minha felicidade) para Costa Rica em Junho e adorei ver o Blog de vocês!! Sensacional!
    Cara preciso pedir-lhe uma dica, pois estou levando somente uma prancha 6’0 round squash. Você acha que ta de boa? E quais os melhores locais para quem esta passando de iniciante para intermediário que vocês indicam???

    Valeu, fico no aguardo!!!!

    • Vales e Canios, 6.0 está de boa!!! vai depender do swell, um dos melhores lugares para iniciantes para intermediarios é a região de Tamarindo, com várias opções de ondas…abraços

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