Maururu,
Depois de Moorea regressamos no outro dia de ferry para o Tahiti, onde pegaríamos um voo direto para Bora Bora. Porém antes de embarcar teríamos que deixar as pranchas do Ro e algumas bagagens no albergue Te Miti, pois Bora Bora não tem onda e não queríamos nem carregar peso e nem pagar excesso de bagagens.
Regressamos em um domingo e não encontramos nenhum ônibus ou taxi na rua, esperamos por alguns minutos no ponto, quando de repente uma van do outro lado da rua com três polinésios nos abordou e perguntou-nos para onde iríamos. Ficamos um pouco desconfiados, mas logo percebemos que queriam nos ajudar e nos ofereceram carona. Domingo é dia de feira e eles já tinham vendido todos os peixes. Entramos na van, que cheirava a peixe, e Eu e o Japson ficamos no aeroporto, já o Ro eles levaram até o albergue para deixar nossas bagagens. Para completar ainda trouxeram o Ro de volta para o aeroporto e prometeram nos buscar no nosso retorno de Bora Bora. Quando chegou o Ro nos disse que os três eram muito simpáticos e que além de vender peixes eles também cultivavam, uma grande coincidência, pois essa é a mesma área em que o Ro trabalha (aquacultura). Como uma mão lava a outra, o Ro para retribuir tanta gentileza, levou uma encomenda de 10 kg de peixes para Bora Bora.
Embarcamos para Bora Bora num vôo de poucas horas, com visuais incríveis de um oceano que mais parecia uma pintura. Desembarcamos em um pequeno aeroporto que fica em uma ilha isolado e de lá pegamos um ferry que nos deixou no centro da ilha de Bora Bora, para então pegar uma van para o nosso hotel. A travessia foi mágica! Não sabíamos em qual direção olhar, parecia que era um sonho.
Chegamos em terra firme e como deixamos essa ilha nas mãos de Eugênio, uma van nos esperava na saída do ferry. Entramos e fomos em direção ao Hotel Le Maitai que não tinhamos a menor idéia de como seria. Logo na entrada, fomos recebidos pelos recepcionistas que colocaram em nossos pescoços colares de jasmim, muito cheirosos e nos serviram bebidas frescas e decoradas.
Ansiosos para ver onde iríamos dormir, recebemos a chave e fomos em direção à praia. Seguimos por uma ponte de madeira que levava até o bangalô em cima do mar. Ficamos no quarto chamado Vanine, o nome da queridíssima prima do Ro, a Nine. O quarto estava impecável com uma bela cama de lençóis brancos e flores por todos cantos. Dentro ainda tinha uma mesa de vidro que podíamos ver o mar por dentro do quarto. A sacada dava para o mar tranquilo e quente onde todos os dias alguns pássaros vinham nos visitar.
Depois de deixarmos nossas coisas fomos almoçar no restaurante do hotel que ficava pé na areia em meio a um jardim de jasmim. Todas as mesas estavam iluminadas por mini lanternas, o que dava um ar todo aconchegante e romântico. Pedimos vinho, e de entrada nos serviram as famosas baguetes com manteiga. Aguardamos nossos pratos, e é claro que pedimos o Poisson Cru. Para completar uma deliciosa sobremesa. Ficamos anestesiados e encantados. Demorou um pouco para acreditarmos que estávamos ali no paraíso.
Nos dias que ficamos em Bora Bora curtimos bastante o hotel e nosso bangalô em cima do mar, passeamos de caiaque, mergulhamos de snorkel, jogamos frescoball e aproveitamos muito todos os dias de sol. Apreciamos cada por-do-sol e desfrutamos da sacada do quarto onde todos os dias pela manhã mergulhávamos no mar. Nos deliciamos com as comidas do hotel que por sinal estavam sensacionais. Eugênio, obrigada pelo hotel, todos nós amamos!
Nos despedimos do mar de Bora Bora, de todos seus encantos, belezas naturais e partimos para o aeroporto de volta para o Tahiti. Quando chegamos um dos polinésios que nos deu carona estava nos esperando para levar até o nosso albergue. Agora de volta a realidade! Organizamos nossas bagagens, fizemos um jantar de despedida, pois na manhã seguinte eu e o Ro pegaríamos um vôo para Nova Zelândia, e o Japson curtiria mais um dia no paraíso para depois voar para o Chile onde provaria boas comida e os excelentes vinhos por mais alguns dias.
No aeroporto do Tahiti encontramos com Eugênio que estava esperando um vôo chegar para recepcionar os turistas brasileiros na Polinésia Francesa. Agradecemos e com muita dor no coração partimos para Nova Zelândia, terra dos Maoris, dos esportes radicais, dos visuais mais impressionantes, das ovelhas e das longas ondas geladas.
Esperamos por vocês aqui nos Quintais do Mundo!
Beijos e abraços.
Priscila e Rodrigo