Maururu,
Depois de todas as nossas compras e comidas saudáveis em San Diego, partimos para a Polinésia Francesa, um arquipélago mágico no meio do Oceano Pacífico, com mais de 300 ilhas, das quais resolvemos conhecer somente três. Primeiro o Tahiti, a ilha dos gigantes tatuados, das temidas ondas de Teahupoo, das danças sensuais e dos encantos ocultos em sua cultura polinésia. Depois Moorea, uma ilha de belezas incalculáveis, de ondas divertidas e culinária excepcional. E por último Bora Bora, a amante dos recém-casados, uma ilha apaixonante, romântica e com certeza uma das mais caras do mundo.
TAHITI
Nossa primeira parada foi em Papeete a capital do Tahiti. No desembarque ainda no aeroporto fomos recebidos por dois músicos polinésios tocando um instrumento parecido com nosso cavaquinho e por uma dançarina de cabelos compridos que nos dava as boas vindas com sua dança típica e um sorriso no rosto. Para completar nossa chegada, recebemos uma flor de jasmim que foi colocada em nossas orelhas.
Como já havíamos feito uma reserva em um dos poucos albergues de Papee, te, havia na saída do aeroporto um francês simpático que nos abordou e nos levou até o seu albergue, chamado Te Miti. Chegamos a noite no Tahiti e por isso não vimos as belezas naturais de cima do avião, mas no dia seguinte, depois de tomar um belo café da manhã em estilo francês (baguete, manteiga, géleia, queijo, frutas e claro um bom café), pegamos duas bikes do albergue e partimos para conhecer a cidade e as praias da região. Queríamos ver com nossos próprios olhos as paisagens paradisíacas, areias brancas, águas transparentes e tranquilas que sempre víamos nas revistas.
Pedalamos também para conhecer algumas ondas próximas ao nosso albergue, e no caminho caímos em um cemitério polinésio que dava de frente para as ondas de Papaara. O Ro olhou para mim neste momento em que contemplava aquela paz do cemitério e me disse que estava quebrando altas ondas – Que visual!!! A vista que tinha o cemitério era impressionante.
A chegada de Japson no Tahiti
Depois de pedalar o dia inteiro regressamos para o albergue pois na mesma noite receberíamos uma pessoa muito especial e de bem com a vida, o pai do Ro, meu sogro Japson de Almeida Filho.
Japson estava vindo direto do Brasil para realizar um de seus sonhos, conhecer este paraíso e principalmente Bora Bora. Um sonho que foi cultivado durante vários anos e que agora iria virar realidade. Fiquei imaginando sua felicidade ao desembarcar em terras polinésias. Recebemos ele de madrugada no albergue com muita felicidade e um abraço bem apertado. Japson nos contou do longo vôo e disse que ainda estava desnorteado com tanto fuso horário.
Na manhã seguinte tomamos mais um delicioso café da manhã em estilo francês e nos preparamos para pegar o “ferry boat” para conhecer Moorea, onde ficaríamos 3 noites. Deixamos algumas bagagens no albergue, pois retornaríamos para ele no final da viagem, e de lá caminhamos algumas quadras em direção ao ponto de ônibus, onde um circular nos deixaria no centro de Papette, para então pegar o ferry em direção a nossa próxima ilha, Moorea.
Chegamos no centro, e antes de pegar o ferry fomos conhecer o Mercado Público do Tahiti, que por sinal é muito interessante. Você pode comprar artesanatos locais como cochas entalhadas e pérolas negras, além de frutas, verduras, peixes, flores e muito mais. Vale apena conhecer, o atum é de primeira qualidade. Depois do mercado embarcamos no ferry em direção a Moorea, durante o trajeto apreciamos as infinitas tonalidades de azuis no mar e as belas paisagens da viagem. Ah! fomos para o Tahiti na temporada de chuva, mas Japson que é um nordestino pé quente, trouxe bastante sol para a nossa viagem.
MOOREA
No ferry conhecemos Eugênio, um paulista que mora na polinésia ha 7 meses e trabalha com turismo. Ele nos abordou, porque ouviu a gente falando em português e nos ofereceu ajuda. Pedimos sugestão de onde poderiamos ficar em Moorea com um preço acessível e de preferência bem pertinho da praia. Eugênio disse que conhecia alguns hotéis e que podería nos mostrar. Desembarcam na ilha e pegamos carona com Eugênio em uma van até a locadora de carro. Seguimos suas dicas e alugamos um carro para conhecer bem a ilha de Moorea, que não é grande, mas também não é pequena
Checamos alguns lugares indicados por ele e resolvemos nos hospedar no Hotel Fare Vai Moana, onde Eugênio estaria hospedado também junto com Jean, seu amigo polinésio. Ficamos em um bagalô muito simpático, com dois quartos, banheiro e sacada. Tudo isso a somente dois passos do mar.
Já era final de tarde quando chegamos no hotel e resolvemos dar um mergulho naquele mar de sonhos com muitos tons de azuis, água transparente, peixes coloridos, corais e água quente. Nadamos um pouco, conversamos na água e estávamos muito felizes por estarmos ali. Apreciamos o final de tarde na sacada do restaurante do hotel de frente para o mar, onde o sol caia, deixando o seu reflexo dourado na água.
Nessa hora estávamos todos concentrados no mar, quando surge uma sombra grande na água e com ela um barbatana. Eugênio nos contou que era um TUBARÃO e que aquele horário eles vinham próximo da areia para se alimentar. Vocês não vão acreditar onde ele estava caçando! Ali, onde a poucos minutos estávamos nos três sorrindo e conversando na água. Terminamos nossa noite na praia apreciando uma Hinano (cerveja local) bem saborosa e leve.
No outro dia decidimos fazer um passeio de carro e dar um “looping” na ilha, pois vimos no mapa que era tranquilo dar a volta nela toda. Passamos por algumas vistas paradisíacas, conhecemos algumas praias e paramos em alguns mirantes para ver os famosos bangalôs na água, foi uma coisa de cinema!
SURF EM MOOREA
Fomos também em uma praia para conhecer as ondas de Haapiti e descobrir como o Ro poderia ir surfar, já que as ondas quebravam longe da costa. Se informou em um surf camping que poderia ir de barco ou remando. Haja braço! O surf ficou para o dia seguinte.
Continuamos na estrada, completamos a volta na ilha que tem cheiro de jasmim e quantidades infinitas de flores, de muitas espécies e perfumes deliciosos. Já era hora do almoço e fizemos uma parada em um restaurante de frente para o mar, ali pedimos o prato mais famoso da polinésia, Poisson Cru! O prato veio com uma porção de arroz de jasmim, atum cru em cubos, pepino, tomate, cebola, cenoura, e para finalizar um toque todo especial de molho de coco. Mais uma vez a Hinano nos acompanhou à mesa. Que comida espetacular e deliciosa!
A noite regressamos para o albergue e ficamos na sacada conversando e tomando um bom vinho. Conversa vai e conversa vem descobri que Japson é um amante e bairrista inigualável de sua terra natal, Maceió (Alagoas). Ele fez inúmeras comparações entre Maceió e Moorea, como os tons de azuis na água do mar, o vento quente, os entardeceres, as flores, os peixes coloridos…e muito mais. Cada dia surgia algo parecido ou que lembrava sua terra. Era muito gostoso ouvir suas histórias, sempre com alguma poesia na ponta da língua, que se misturava no assunto e nos perdíamos na conversa. No final riamos muito!
Mais um dia em Moorea e acordamos cedo para o Ro surfar as ondas de Haapiti, e eu e Japson ficamos na praia apreciando a paisagem, jogando frescoball, tomando Hinano e fazendo algumas caminhadas na areia. Em uma das caminhadas fomos até uma ponta da ilha. Acredito que foi o lugar mais lindo que já estive na vida. Um mar azul com uma transparência encantadora. Paramos um tempo, nos banhamos, fotografamos e retornamos para o hotel. No caminho de volta cruzamos com duas polinésias que estavam sentadas na beira do mar limpando uma ostra gigante que haviam pego para o almoço. Japson gostou tanto da concha que quando estávamos quase chegando no hotel, me disse que voltaria para pedir a concha para as polinésias.
O Ro voltou do surf encantado com as ondas e com as paisagens de Moorea, ele foi surfar com um local do pico que ainda levou ele para dar uma volta de barco depois do surf. O Ro me contou que foi sua primeira experiência em uma bancada de coral e que ficou um pouco tenso no começo mas que conseguiu pegar algumas ondas. Para completar disse que viu vários golfinhos enquanto estava surfando.
Depois do surf do Ro e das nossas caminhadas decidimos almoçar em um restaurante na beira da praia. Encontramos um que tinha uma enorme escultura de um polinésio tatuado na entrada. Nos sentamos de frente para o mar e pedimos mais uma vez o Poisson Cru, porém Japson resolveu inovar e pediu outro prato, um peixe com banana e molho de coco ao curry. Sem palavras para explicar essas delícias!
Na volta para o hotel encontramos com Eugênio e Jean, que prepararam um jantar de despedida para todos nós. Ficamos ali na sacada conversando, comendo, tomando um bom vinho e ouvindo as histórias da vida de Eugênio. Ele já morou em muitos lugares desse mundo, passou um tempo no Butão, viveu um pouco na Indonésia, morou muitos anos na França e decidiu ficar de vez na Polinésia. Pedimos mais uma vez sua ajuda e deixamos nosso próximo destino nas mãos de Eugênio. Um bangalô em cima da água nos aguardava em Bora Bora.
Veja o que aconteceu em Bora Bora no próximo blog.
Beijos
Priscila e Rodrigo
O Japinho é filho do Japson, grande amigo da familia Amaral, fotografo de Maceió? Se for, que bom encontra-lo.
um grande abraço.
Olá, é sim o filho do Japson! E o Ro é o filho do Japinho.
Valeu
Abraço
Priscila e Rodrigo
Olá! Adorei seu post! Fiquei super empolgada para ir!
Qual foi o período do ano a sua viagem?
Se importaria em dizer quanto custou e me dar mais algumas dicas?
Abs!
Olá Carolina,
Obrigada por nos escrever!
Bom fomos para a Polinésia Francesa em Janeiro deste ano, passamos 8 dias por lá entre as ilhas de Tahiti, Mororea e Bora Bora.
No Tahiti ficamos próximo da cidade de Pappete em um albergue chamado, Pension Te Miti (os donos são franceses e muito simpáticos), esse nos custou $80,00 dólares o casal por dia. (quarto para duas pessoas, banheiro compartilhado e banho geladíssimo, café da manhã bem gostoso).
Em Moorea ficamos em hotel chamado Fare Vai Moana, pelo que rodamos pela ilha, foi uma excelente opção, pois era o que tinha a melhor praia para banho! Esse nos custou $105,00 dólares por dia um bangalo para 3 pessoas, com frigobar, banheiro com água quente, duas camas de casal e sem café da manha. Este hotel tem opções de frente para o mar, nós ficamos hospedados nos bangalos na parte de tras.
Em Bora Bora ficamos em um hotel de sonhos…rs. Hotel Le Maitai, este mais que perfeito e custo benefício para a região foi o mais acessível, com todas as refeições incluídas ( café da manhã, almoço e jantar), bebidas também estavam incluídas, porém tínhamos um limite, não me lembro bem! O bangalo ficava em cima da água, uma vista mais que perfeita. Este nos custou $680,00 dólares o bangalo por dia.
Se precisar de mais informações é só perguntar.
Obrigada
Priscila